A física por trás do colapso de um enorme aquário

No final da semana passada, o Aquadom, o maior aquário cilíndrico do mundo, quebrou inesperadamente e causou uma emergência ao inundar o hotel de Berlim que o abrigava e as ruas ao redor. Do ponto de vista da engenharia é uma história fascinante, pois sua construção foi tal que isso não deveria ter acontecido. Temos uma análise do que pode ter dado errado com [Luis Batalha] (Nitter), e com ela podemos aprender um pouco sobre as propriedades do plástico usado.

O aquário foi feito de um polímero acrílico que tem uma propriedade interessante - a uma certa temperatura, ele transita entre um estado de vidro e um estado de borracha. Mesmo à temperatura ambiente, o acrílico está bem abaixo da temperatura de transição, mas à medida que a temperatura cai, o acrílico torna-se exponencialmente mais quebradiço. Quando a temperatura externa caiu bem abaixo de zero, a temperatura também caiu no foyer, e a alta pressão da água tornou-se suficiente para quebrar o acrílico.

Infelizmente poucos peixes do aquário sobreviveram, mas felizmente ninguém morreu no incidente. A cobertura da mídia mostra como a força da água destruiu as portas e trouxe destroços para a rua, e acreditamos que levará um tempo até que qualquer outro hotel considere tal projeto como uma atração. Enquanto isso, adquirimos um pouco de conhecimento sobre as propriedades do acrílico, o que pode ser útil algum dia.

Cabeçalho: Chrissie Sternschuppe, CC BY-SA 2.0.